Wednesday 6 June 2007

Entretanto...

Entre córneas finas e consultas de tira teimas, o Tio anda deveras ocupado, portanto cabe-me a mim manter a alta qualidade do que aqui se escreve.

Não tenho assim um tema especial sobre o qual me apeteça escrever, pelo que vou deixar andar.
Tive (estou a ter) uma semana do camano (no mau sentido). Mas até aí, nada de novo, não é?

Como já estou cansada de me queixar, tristezas não pagam dívidas e trinta por uma linha… Vamos pelo outro lado, sim?

Aquele lado que me diz que tudo há-de correr bem. Que os problemas, mesmo aqueles ENORMES, sem solução possível à vista, irão ter uma resolução.

Posto isto, nada melhor a fazer que continuar de cabeça erguida, com um sorriso nos lábios, de olhos brilhantes e de espírito aberto. Há falta de melhor, está aí o Verão… os ímpetos que a Primavera carregou, já amainaram um bocadito. Já podemos ir a banhos, nem que seja em Carcavelos.

Bom… quem vive numa ilha há-de ter praia certamente… mas ouvi dizer que o conceito de “areia” é um tanto ou quanto diferente.

Enfim, tenho muita coisa boa pela frente. Mais umas semanas e estou de férias. Mais uns meses e tenho o meu palácio… Daqui a pouco estou a dizer que sou feliz. Não que eu seja uma pessoa infeliz. Considero-me uma privilegiada, por diversas razões. Sou alegre e contente, que é mais do que muitos podem dizer.

E como tenho ali umas coisitas para despachar, vou andando para dentro que se está a fazer tarde.

Só mais uma frase: façam-se à vida, que ela não espera por ninguém.

Thursday 31 May 2007

Tampa simpática

Acho que é a minha vez. Mas não me apetece escrever.

Tal como ele, ando na proporção das 90% de coisas erradas. Nem é más, é mesmo erradas!

Mas deixo-vos um mimo que me acabou de acontecer.

Eu como carradas de iogurtes da Danone, em que as tampas têm sempre umas coisas giras, escritas no lado de dentro. Tenho apanhado coisas como "Toca a alimentar a imaginação" ou "Dá-me um sorriso".

A tampa do meu iogurte de morango há pouco disse-me:

Olha para ti. Ainda há princesas!

Ele há tampas e tampas!!!

Obrigada!

4º Poste (mas ainda bem que ela se lembrou que era o 5º...)

Bem... não era por esta estrada que eu queria ir hoje. Mas antes terra batida que caminho de cabras...

A semana não tem sido fácil e portanto a minha passagem por aqui tem sido passiva. Passo a (tentar) explicar...

O carro está à porta. Para quem se desenvencilhou de um país mergulhado na estúpida, pesada e disfuncional burocracia, não fiz grande progresso. Autênticas pescadinhas de rabo na boca obrigam-me a andar de transportes públicos, pelo menos por mais uns dias. Adiante. Sempre aproveito para gozar a única oportunidade possível de ser conduzido.

Voltando à burocracia, finalmente o meu processo de segurança está fechado e aprovado. A simples ideia de que teve que existir intercâmbio de informação da minha pessoa entre os dois países, foi o suficiente para me tirar o sono várias noites.

E se vamos falar em insónias, há para aí pano para mangas. Mas não vou mesmo por aí.

Um novo projecto, entregue por voluntariado forçado numa empresa onde me encontro demissionário, era tudo o que eu precisava para conferir um certo toque caótico à minha vida profissional. De Disaster Recovery, o projecto rapidamente se transformou em Disaster Discovery.

Mas ainda não acabei.

Farto de usar lentes ou óculos resolvi ir a faca. Lá vou sábado, submeter-me a um tratamento laser para corrigir a minha malfadada miopia. Como tenho muito pouco de sádico, resolvi passar o fim-de-semana a informar-me acerca da operação, assistindo a vídeos de cirurgias mal sucedidas, no You Tube.

E nem vou falar do resto...

Pelo menos uma coisa boa. As cabeças dos meus dedos, que ameaçavam saltar fora de tão doridas (quem me conhece, sabe o que ando a fazer com elas, por isso deixem-se de ideias) parecem finalmente mais resistentes às dores!
Não interessa se estamos com 10% de coisas boas contra 90% de coisas más. Seria bem pior se fossem 100% de coisas más.

Um dia de cada vez.

Wednesday 23 May 2007

Holding on

Há dias complicados. Tenho tido vários. Além de estar atafulhada em trabalho, ando a lidar com muita gente... como dizê-lo? Ressabiada? Mal resolvida? Invejosa? É isso tudo e mais alguma coisinha.

Mas depois... depois tenho tanta coisa boa, que cada vez que acordo me convenço, sem muito esforço, de que tenho muitos mais motivos para rir do que para chorar.

You're not alone
Together we stand
I'll be by your side
You know I'll take your hand
Keep holding on – Avril Lavigne

É bom saber que estás sempre aí.

Monday 21 May 2007

Génesis

À terceira, combinámos que seria a meias.

Explicar como tudo comecou, sendo que so para explicar o que eh “tudo” seria necessario muito mais que um post, tem o seu que de peculiar…
Estaríamos aqui até amanhã, provavelmente nem chegava e como ninguém ía perceber nada mesmo, o melhor é cingirmo-nos aos factos.

Nao houve troca de olhares (nunca nos vimos), nem troca de palavras ao ouvido (tambem nunca nos falamos)... Apenas nos lemos.

O causador do tal tudo tera sido o JP, usando o seu blog como catalizador… (comeco a pensar que ele ja faz isso de proposito, alias, na epoca baixa podia usar o blog como sala de convivio). Na sua lista de blogs encontrava-se (como nao?) o blog dela… estava eu longe de imaginar que era a minha sobrinha…. “Devagar, mas com confianca”…. Hummm… vou espreitar!

Sem dúvida, a culpa de tudo isto é do JP. A quem temos de agradecer. Obrigada JP. Nada disto seria possível sem ti e sem o teu blog.

Nao sei quantos posts li, mas sei que demorei a sair da li. Ela nao deixava. Os seus relatos tem esse poder magneto-imersivo. A forma como ela descreve o seu dia-a-dia , faz inclusive lembrar alguem num filme que ambos gostamos imenso.
De um dia para o outro, o meu blog surge inundado de comentários, em quase todos os posts, os novos e os mais antigos... Pensei que algum louco me tinha começado a ler de uma ponta à outra e não faltaria muito para me aparecer à porta de casa, com convites e pedidos estranhos, dignos de um stalker.

“Ola” foi a unica palavra que enviei num email que lhe escrevi. Insisti em cumprir desde inicio todas as suas recomendacoes. Num post aparecia um endereco para quem quisesse dizer ola. Foi o que fiz. Ela respondeu. Nunca mais parou. Hoje temos o nosso blog, a que chamamos de “nossa menina”.
Quando recebi o “Olá” pensei com os meus botões… mais um… daqui a pouco vai-me começar a gabar os olhos, depois, como quem não quer nada pede-me o numero de telefone e tal e coisa. Já vi este filme… Mas resolvi responder um “Olá para ti também” e constatei satisfeita que se trava do meu tio.

Àqueles que ainda agora se perguntam… “Mas afinal eles são mesmo tio e sobrinha, ou isso é tanga?” passo a esclarecer: Vossas Excelências não têm nada a ver com isso, pois não?

Sei que nao vao (querer) nos entender. Ou vao querer dissertar sobre o que nos move. Nao importa. Desde entao que nao abrimos mao do nosso contacto.

Entenderem-nos ou não, é secundário. Nem nós mesmos entendemos. Mas sabemos que não passamos sem disto. Há coisas que não se explicam. Nem nós temos a pretensão de as explicar.

De “falarmos” numa base diaria, sobre tudo e todos, sem limites nem preconceitos, constantemente assentes numa promessa de que sempre estaremos aqui um para o outro. E nao temos pressa.
Vamos devagar, mas com confianca.

Wednesday 16 May 2007

Segundo poste

... e ela disse que o proximo poste era meu!

Bem. Aqui vai. Enquanto ela se satisfaz com um qualquer belo repasto, aqui estou eu ao teclado, com uma sandes de salsichas e o mais que usual sumo de laranja. A alternativa parecia minimamente apetecivel, pelo menos ate ao momento que descobri que o caril era de borrego. Blharghh.

Este espaco (a esta altura ja toda gente deve saber que nao consigo fazer acentos nem cedilhas) parece-me de facto promissor, principalmente tendo em conta as duas cabecinhas por tras dele e respectivas imaginacoes, de asas bem grandes (eh de familia).

Chegamos, tio e sobrinha, a conclusao de que queremos estar sempre onde nao estamos. A ponte ajuda assim a que tio e sobrinha nunca se separem, apesar de nunca estarem juntos.

O tio, sempre ocupado, com um dia que nao chegaria para tudo nem que tivesse 48 horas, promete estar sempre envolvido. A sobrinha, super-mae a tempo inteiro, com uma literacia tal que faz perguntar porque perde tempo fora deste mundo, promete ajudar o tio a estar sempre presente. Sei que vao chegar a bom porto, porque ambos o merecem, e outra verdade apresenta-se inconcebivel. E alem disso nao eh negociavel!

Ponte Aérea

Ele disse que o poste (!) inaugural tinha de ser meu. E como eu sou uma sobrinha obediente, aqui está ele.

Gosto de desafios e nunca escrevi a meias com ninguém (tirando aquela fase da adolescência em que cada um escrevia uma frase e o resultado era, invariavelmente, uma história estapafúrdia) mas aceitei na hora. Convém ressalvar que a ideia foi dele. Eu, como de costume, deixei-me levar.

O título deveria ter sido Ponte Aérea, mas alguém se lembrou primeiro. Porquê esse nome? Porque ele está de um lado e eu estou do outro. E no meio está uma quantidade de coisas que gostamos de partilhar. Dos muitos sinónimos que encontrei para o "ponte aérea", Ligação Quimérica foi o que mais me encheu as medidas. Porque estamos ligados de uma forma fantástica!

Para esclarecimento do pessoal lá em casa, que fique bem assente (com cimento e tijolos) que isto não é um blog de disparate e parvoíce. Não senhora. Vamos tratar de coisas extremamente sérias. Quais, ainda não sei, estou para aqui a pensar há que tempos e não me ocorre nenhuma.

Não vou enumerar as regras deste blog, do género como comentar e coisas desse tipo, porque sinceramente acho que não há regras. Agora tenham cuidado, que o tio é muito cioso da sua sobrinha e corre tudo à paulada se houver esticanços.

E mandam as regras de boa educação dar as boas vindas a toda a gente que aqui cair, de propósito ou por lapso. Voltem sempre. Bons voos na nossa ponte aérea, oficialmente inaugurada.